Investimentos

Petrobras (PETR4): Barata o suficiente para ‘aguentar desaforo’, mais dividendos à vista e hedge geopolítico para as carteiras

Escalada do conflito no Oriente Médio mostrou, mais uma vez, o quanto o petróleo é suscetível às tensões na região; neste cenário, ações da Petrobras podem ajudar a proteger as carteiras

Por Juan Rey

27 jun 2025, 15:20 - atualizado em 27 jun 2025, 15:20

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Imagem: iStock/KanawatTH | Montagem: Canva

Valuation que “aguenta desaforos”, dividendos e, de quebra, proteção em caso de escaladas adicionais das tensões geopolíticas são alguns dos elementos que sustentam a tese de investimento na Petrobras (PETR4), avalia o CIO e estrategista-chefe da Empiricus, Felipe Miranda.

PETR4 como hedge geopolítico

No intervalo de um mês, o barril de petróleo Brent saltou de cerca de US$ 62 para mais de US$ 79, impulsionado por temores de escalada militar e potenciais interrupções no fluxo de petróleo.

No entanto, o movimento não se sustentou e foi seguido por forte correção. Nesta sexta-feira (27), o preço do Brent voltou para a casa dos US$ 66.

A reversão, na visão do estrategista-chefe da Empiricus, sugere que o mercado segue precificando com ceticismo a probabilidade de um fechamento efetivo do Estreito de Ormuz pelo Irã. O local se tornou um dos grandes focos de atenção no conflito no Oriente Médio, devido à posição estratégica, onde transita cerca de 20% de todo o petróleo consumido no planeta.

“De toda forma, os eventos recentes escancararam, com clareza brutal, o quanto os preços do petróleo continuam extremamente suscetíveis às tensões geopolíticas do Oriente Médio. O barril segue sendo o termômetro mais imediato das incertezas regionais”, afirma Miranda.

Neste sentido, alerta o analista, ignorar a possibilidade de uma nova escalada geopolítica no Oriente Médio seria “um erro de precificação”. E é aí que as ações da Petrobras (PETR4), que se beneficiam da alta da commodity, podem atuar como um hedge geopolítico valioso.

“Essa exposição pode servir como um amortecedor eficaz caso o barril volte a ocupar o centro das atenções. Se isso acontecer, não será por falta de sinais”, avalia.

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Além do hedge geopolítico: por que investir na Petrobras?

Mas a importante proteção geopolítica da carteira não é o único fator que torna as ações da Petrobras atrativas no momento, na visão da Empiricus.

“Ao alocarmos capital na companhia, não apenas adicionamos uma camada de dolarização indireta ao portfólio, como também nos posicionamos, com boa antecedência, frente à tese de inflexão do ciclo político, afirma Miranda.

A estatal pode ser uma das grandes beneficiadas de uma eventual mudança no pêndulo político em 2026 para um governo pró-mercado, tese que ganha força à medida que as pesquisas mostram uma desaprovação crescente com o Governo Lula. 

Além disso, o preço atual das ações da companhia permite que ela “aguente desaforo”, na avaliação de Miranda. Ou seja, o papel tem pouco para cair em caso de surpresas negativas e muito para subir no caso de um cenário positivo.

“Negociando a cerca de 4,6 vezes o lucro projetado para 2026 e em torno de 3 vezes o Ebitda estimado, a ação reforça sua condição de barganha dentro do universo de ativos líquidos e líquidos dolarizados na bolsa brasileira”, afirmou.

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Dividendos de PETR4 seguem em patamares atrativos

Adicionalmente, a companhia ainda tem os dividendos como um pilar importante da tese. 

Além dos proventos distribuídos regularmente pela estatal, um outro fator pode turbinar os dividendos da companhia: a necessidade de o governo cobrir eventuais lacunas orçamentárias com o auxílio dos dividendos extraordinários da Petrobras.

Como o governo federal é o principal acionista da companhia, os dividendos provenientes da petroleira teriam um peso importante para o cumprimento da meta fiscal do ano.

Com um dividend yield estimado de 12% para os próximos doze meses, a Petrobras combina três elementos especialmente valiosos em tempos voláteis: valuation deprimido, sensibilidade positiva ao petróleo e alto potencial de geração de caixa distribuível”, afirma Miranda.

Petrobras está entre as 5 melhores empresas da bolsa para buscar dividendos

Por todos os fatores destrinchados neste texto, a Petrobras foi selecionada pelo analista Ruy Hungria, especialista em dividendos da Empiricus, para compor a carteira mensal de proventos da casa.

Todos os meses, Hungria Garimpa a bolsa brasileira em busca das cinco ações que unem o melhor de dois mundos:

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Sobre o autor

Juan Rey

Jornalista pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio). Contato: [email protected]

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